Quase todas as recuperações corporativas de sucesso envolvem significativa mudança organizacional – mudança da estrutura organizacional, das pessoas, dos processos e dos sistemas – por meio de uma forte liderança da parte dos gestores da empresa. Um plano de recuperação nunca será bem sucedido se não forem efetuadas mudanças organizacionais apropriadas que consintam na sua efetiva implementação. O ponto de partida da mudança organizacional é a nomeação de um oportuno gestor para o processo e da sua equipe de recuperação.
Há quatro componentes de mudança organizacional que um gestor de recuperação precisa considerar:
- estrutura organizacional;
- pessoas;
- desenvolvimento e competências; e
- termos e condições de trabalho.
Os efeitos combinados da forte liderança e da adaptação dos quatro componentes da mudança organizacional conduzirão a uma nova cultura organizacional a qual, em curto prazo, acarretaria em uma mudança de comportamento e que, em longo prazo, geraria uma mudança nos valores corporativos.
A mudança organizacional não deveria ser contemplada como uma estratégia de recuperação de curto prazo, exceto sob condições especiais. Muitas vezes, diz-se que fazer mudança organizacional é mais arriscado do que fazer mudança estratégica, o que não poderia ser mais verdadeiro em uma situação de recuperação na qual a atenção deve ser toda direcionada aos problemas econômicos enfrentados pelo negócio.
A mudança organizacional requer considerável aprendizagem por parte da empresa. Isso demanda tempo e esforço da gestão, algo que parece ser escasso nos primeiros estágios de uma recuperação.
Hélder Uzêda Castro
Consultor de Negócios da Lex Consult - www.lexconsult.com.br
Consultor de Gestão Empresarial da Oficina de Empresas
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