Uma situação de recuperação não tem definição comum e reconhecida no universo corporativo. Normalmente, é uma circunstância em que uma empresa ou unidade de negócio se encontra, na qual a performance de resultados ou de indicadores demande ações corretivas ou de melhoria com efeitos imediatos (curto prazo) sem comprometer a continuidade das suas operações. Usualmente, a lucratividade de tais empresas, como indicada pelo retorno sobre o capital investido, é significativamente inferior do que aquela projetada para o seu setor.
Uma empresa com dificuldade de caixa, com certeza, demanda ações de recuperação, mas é perfeitamente possível para essa precisar de abordagens de Recuperação do Valor e da Performance sem a rigor estar com dificuldade de honrar seus compromissos de curto prazo. Uma análise mais ampla permite reconhecer que existem sintomas os quais podem levá-la à falência bem antes que uma crise de liquidez venha a se estabelecer. Tais empresas estão frequentemente com os negócios estancados, equipamentos subutilizados, equipe superdimensionada, esforço de marketing insuficiente, custos elevados, controle financeiro inadequado e gestão ineficaz. Se um negócio está vulnerável e com esses sintomas, bem como não se submete a uma estratégia de recuperação, uma crise acaba se deflagrando diante da inabilidade dos gestores de reconhecerem, em tempo, a urgência de se tomarem as medidas necessárias para adaptar a sua empresa e suas operações ao dinâmico mercado no qual atua. A lucratividade por si só não é medida confiável para identificar ou prever uma situação de crise ou necessidade de recuperação.
Uma empresa orientada ao crescimento e que tenha superado as expectativas muito rapidamente pode continuar sendo razoavelmente lucrativa, mas ao mesmo tempo passar por uma série crise de liquidez. Uma recuperação sustentável exige que a empresa desenvolva vantagens competitivas sólidas e consistentes. Essas são importantes estruturas de base para se desenvolver uma estratégica de negócios viável e defensável.
É comum pensar que o papel primordial do líder da recuperação é o de cortar custos no curto prazo, entretanto, isso se trata de um equívoco. A imprensa especializada tem promovido esse mito de que o consultor em recuperação é um tipo de “general aniquilador corporativo” com objetivo de “localizar e exterminar”. As recuperações empresariais de sucesso lidam com aspectos estratégicos e operacionais. Planos de resgate compreendem a mudança de estratégia, o corte nos custos e o avanço nas receitas. A perspectiva é tanto de curto como de longo prazo. O presidente da empresa deve enfrentar ambos os aspectos friamente racionais quanto os calorosamente humanos da organização, com o objetivo de superar a crise instalada. Somente através desta abrangente visão é que os quatro objetivos da maioria das situações de recuperação podem ser atingidos, são eles:
•assumir o controle e gerenciar estrategicamente a crise imediata;
•reconstruir o relacionamento e recuperar a confiança das partes interessadas;
•reestruturar o negócio; e
•garantir e promover um aporte financeiro.
Hélder Uzêda Castro
Consultor de Negócios da Lex Consult - www.lexconsult.com.br
Consultor de Gestão Empresarial da Oficina de Empresas
Uma empresa com dificuldade de caixa, com certeza, demanda ações de recuperação, mas é perfeitamente possível para essa precisar de abordagens de Recuperação do Valor e da Performance sem a rigor estar com dificuldade de honrar seus compromissos de curto prazo. Uma análise mais ampla permite reconhecer que existem sintomas os quais podem levá-la à falência bem antes que uma crise de liquidez venha a se estabelecer. Tais empresas estão frequentemente com os negócios estancados, equipamentos subutilizados, equipe superdimensionada, esforço de marketing insuficiente, custos elevados, controle financeiro inadequado e gestão ineficaz. Se um negócio está vulnerável e com esses sintomas, bem como não se submete a uma estratégia de recuperação, uma crise acaba se deflagrando diante da inabilidade dos gestores de reconhecerem, em tempo, a urgência de se tomarem as medidas necessárias para adaptar a sua empresa e suas operações ao dinâmico mercado no qual atua. A lucratividade por si só não é medida confiável para identificar ou prever uma situação de crise ou necessidade de recuperação.
Uma empresa orientada ao crescimento e que tenha superado as expectativas muito rapidamente pode continuar sendo razoavelmente lucrativa, mas ao mesmo tempo passar por uma série crise de liquidez. Uma recuperação sustentável exige que a empresa desenvolva vantagens competitivas sólidas e consistentes. Essas são importantes estruturas de base para se desenvolver uma estratégica de negócios viável e defensável.
É comum pensar que o papel primordial do líder da recuperação é o de cortar custos no curto prazo, entretanto, isso se trata de um equívoco. A imprensa especializada tem promovido esse mito de que o consultor em recuperação é um tipo de “general aniquilador corporativo” com objetivo de “localizar e exterminar”. As recuperações empresariais de sucesso lidam com aspectos estratégicos e operacionais. Planos de resgate compreendem a mudança de estratégia, o corte nos custos e o avanço nas receitas. A perspectiva é tanto de curto como de longo prazo. O presidente da empresa deve enfrentar ambos os aspectos friamente racionais quanto os calorosamente humanos da organização, com o objetivo de superar a crise instalada. Somente através desta abrangente visão é que os quatro objetivos da maioria das situações de recuperação podem ser atingidos, são eles:
•assumir o controle e gerenciar estrategicamente a crise imediata;
•reconstruir o relacionamento e recuperar a confiança das partes interessadas;
•reestruturar o negócio; e
•garantir e promover um aporte financeiro.
Hélder Uzêda Castro
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